terça-feira, 30 de outubro de 2018

São Romão

São Romão é uma vila pertencente à União das Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheirosconcelho de Seia, com 17,92 km² de área e 2743 habitantes e densidade de 153,1 habitantes/km².

Recostada nas abas da Serra da Estrela, avistando-se o Caramulo a oeste, a seus pés estende-se a várzea da Assamassa, irrigada pelas águas vindas do Rio Alva que, desde 1674, deram força aos "engenhos" moageiros e de manufactura das lãs. Isso mesmo abonam os seguintes números: as "Memórias Paroquiais de 1758" do padre Luís Cardoso referem 28 moinhos e 11 pisões; em 1789, o "Livro de Varejo (inspecção) dos Panos da Villa de Sam Romam" registava 85 fabricantes. Seis (6) enormes rodas hidráulicas, activas até há quarenta anos, proporcionavam energia a outras tantas fábricas. Uma delas, fundada em 1858, tem-se mantido ininterruptamente na mesma família.

Trata-se da vila mais rica do concelho, não só em recursos naturais mas também em património arqueológico e arquitectónico.
Área ambiental Mata do Desterro - zona balnear “Dr. Pedro”.
A cultura do milho era a maior riqueza agrícola desta terra. Mas, nos últimos vinte anos, as pastagens tomaram o lugar dos milharais, e os rebanhos vão pontuando a paisagem que, socioeconomicamente, é agora completamente diversa.
Há indícios arqueológicos que provam a existência de povoamento, mais de 3000 anos antes de Cristo. Tudo indica que o S. Romão actual teve origem num castro existente no "Cabeço do Crasto". Este monte, devido à sua situação privilegiada, foi conquistado e ocupado pelos Romanos, cujos vestígios ainda são bem visíveis. Os habitantes do "Crasto" desceram à planície e, dedicando-se à pastorícia e à agricultura, foram povoando as imediações dos terrenos agrícolas, estabelecendo-se preferencialmente na zona de transição entre a montanha e as terras de cultivo.

Tudo isto aconteceu à vista do "monte romano"– o "Crasto". E, como Romão, o santo soldado, também era romano, não é de estranhar que, ao pé do "cabeço romano", surgisse uma povoação com o nome de São Romão.

Há notícia de, em 1057, ter sido reconquistada aos mouros por D. Fernando, o Magno. Em 1106, os pais de D. Afonso Henriquesconcederam carta de povoamento de S. Romão a dois presbíteros, João e Fafila. Estes, por sua vez, doaram todas as terras que aqui possuíam, e eram muitas, ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Em 1138, D. Afonso Henriques confirma a doação e dá carta de couto da «ermida de S. Romão» ao predito mosteiro. Tendo fundado aqui um convento, os frades de Santa Cruz ocuparam-no em junho de 1142.

Senhor de algumas povoações e vastas terras nesta região, o Mosteiro de Santa Cruz concedeu carta de foro aos habitantes de S. Romão em 1144. Com este primeiro foral, estavam lançados os fundamentos da Vila de São Romão.
Foi sede de concelho entre o século XIII e 1836. Era constituído por uma freguesia e tinha, em 1801, 1426 habitantes.

A lei 11-A/2013, extingue a Freguesia de S. Romão e a agrega numa nova freguesia, chamada "união das freguesias de Seia, S. Romão e Lapa dos Dinheiros", com sede na vila de S. Romão.


Fotos: José Luiz da Silva 
Contacto: +351 918 036 535
Texto: https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Rom%C3%A3o_(Seia)

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